A insegurança jurídica tomou conta de Paço do Lumiar e demonstra que, definitivamente, a gestão Paula Azevedo não tem mais como seguir comandando o Município.

A prefeita iniciou o dia afastada do cargo até 18 de julho, por decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Graça Amorim, a pedido do Ministério Público, através do GAECO, que inclusive chegou a pedir a prisão de Paula Azevedo.

No entanto, um dia depois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manter a decisão de Graça Amorim, um outro desembargador do mesmo TJ/MA decidiu atropelar a decisão da colega e devolver o cargo de prefeita a Paula Azevedo. A decisão foi do desembargador Vicente de Castro.

Só que Paula Azevedo, para o bem de Paço do Lumiar, não chegou nem a retornar ao cargo. Uma nova decisão afastou a gestora, agora pelo período de 90 dias, desta vez do juiz Gilmar Everton Vale, titular do Termo Judiciário da 1ª Vara de Paço do Lumiar.

O pedido de afastamento novamente foi pedido pelo Ministério Público do Maranhão por mais uma ação de improbidade administrativa, em virtude de supostas irregularidades na contratação da empresa R. C. Praseres, para locação de veículos.

O MP aponta que a contratada deveria fornecer 62 veículos, mas conta com apenas sete veículos registrados, e que o contrato proibia a sublocação. Além disso, apesar de já haver recebido R$ 10 milhões da Prefeitura de Paço do Lumiar, a empresa não conta com quadro de funcionários registrados no Cadastro Geral de Empregados (CAGED).

É aguardar e conferir, até para saber se terá outro desembargador para fazer com que Paula Azevedo retorne ao cargo, faltando seis meses para terminar o mandato, mesmo com o Ministério Público, dia após dia, apontando novas irregularidades na gestão.